Trabalhos apresentados por neurologistas e residentes do Hospital Metropolitano ganham destaque em Congresso Brasileiro
Oito profissionais, entre neurologistas e residentes, do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, que faz parte da rede hospitalar estadual e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), participaram do XXXI Congresso Brasileiro de Neurologia, em Campinas/ SP, do dia 16 a 19 de outubro, onde apresentaram nove trabalhos e um deles sobre os Desafios em Neurologia foi o único da região Nordeste que conseguiu aprovação.
De acordo com o coordenador do serviço de Neurologia do Hospital Metropolitano e da residência médica em neurologia, Paulo Lucena, os trabalhos apresentados sobre os Desafios em Neurologia são de suma importância, pois são os melhores casos enviados para o Congresso. “Todos os serviços do país inteiro participam e há uma seleção muito rigorosa . Foram 11 casos selecionados para serem apresentados e discutidos durante a última plenária e o nosso foi o único do Nordeste que conseguiu ser aprovado. Então foi um feito muito importante”, explicou Paulo Lucena.
O trabalho selecionado foi de autoria dos residentes Gilmar Pessoa e Ana Luiza Castelo Branco sob a orientação dos neurologistas Alex Tiburtino Meira e Rafael de Souza Andrade, em que apresentaram o caso de um paciente com Discinesia Paroxística Cinesiogênica (um distúrbio que se caracteriza por movimentos involuntários e anormais que começam e terminam de forma repentina) causada por mutação do gene PRRT2.
Conforme Gilmar Pessoa, o paciente é um homem jovem que tinha um diagnóstico de epilepsia há quase 20 anos, mas quando chegou, pela primeira vez, para atendimento no Ambulatório do Metropolitano, suspeitou-se do diagnóstico e ao realizar alguns exames foi confirmada a doença.
Para Ana Luíza, também autora do trabalho, foi uma oportunidade de comprovar que a Paraíba não está distante cientificamente dos grandes centros. “Foi algo de extremo orgulho ter nosso trabalho escolhido para os desafios diagnósticos dentre tantos outros enviados. Tinham trabalhos de todo o país e dos onze escolhidos, nós estávamos lá. Elenco aqui também a importância que nossos preceptores tiveram no auxílio e preparo do trabalho para que ele fosse selecionado”, afirmou Ana Luíza.
Participaram do evento os neurologistas e preceptores da residência Rafael Andrade, Juliana Magalhães, Alex Meira, Luiza Villarim e Apolônio Peixoto, e os residentes Gilmar Pessoa e Ana Luiza Castelo Branco. O Congresso é realizado pela Academia Brasileira de Neurologia e teve a participação de palestrantes nacionais e internacionais.
Paulo Lucena ressaltou ainda que foi bastante expressiva a participação dos profissionais do Hospital Metropolitano e a partir desse Congresso “nasceu como um projeto a realização do Congresso Paraibano de Neurologia, no próximo ano. Então, desse grupo, nós já formamos uma comissão, composta por profissionais do serviço do Metropolitano, para fazer o nosso Congresso Paraibano de Neurologia”.
Segundo o Gestor da Educação Permanente e CIRAS do Hospital Metropolitano, Mário Toscano, a participação de profissionais em congressos e eventos científicos da área da saúde, com estudos de caso e relatos de experiência de ações realizadas dentro Hospital Metropolitano têm se tornado recorrente e a expectativa é que aumente cada vez mais.
“Somos referência em cardiologia e neurologia de alta complexidade em todo o Estado da Paraíba. Temos um grande potencial para pesquisas científicas e não à toa que nossos profissionais estão se destacando nos Congressos Brasileiros e Internacionais. Nossa expectativa é que cada vez mais possamos levar nossos casos clínicos para todo o Brasil e para o mundo”, pontuou o gestor.