PB SAÚDE inaugura Unidade de Cuidados Continuados Integrados no Hospital Metropolitano
Qualidade de vida para quem tem algum tipo de doença que gera dependência de cuidados é encontrar caminhos possíveis para uma rotina mais funcional e autônoma. Para ajudar os pacientes a encontrar esses caminhos, nesta segunda-feira (17), foi inaugurada a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB SAÚDE.
Os cuidados continuados integrados englobam intervenções de saúde e também de apoio social, com objetivo de promover uma recuperação global do paciente, criando ferramentas que aumentem sua autonomia e melhorem a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra, com vista a sua reintegração sociofamiliar e melhora da qualidade de vida.
“Quando um paciente está em um hospital especializado e de alta complexidade, com uma linha cardiológica e neurológica gigante, ele precisa ter um espaço para o dia depois de amanhã. Terminou o cuidado agudo, ele precisa ir para um ambiente adequado, com grande expertise e inteligência em enfermagem, fisioterapia, em psicologia, no serviço social, e outras áreas multidisciplinares, para que tenha condição de continuar se recuperando para voltar a ter o máximo de autonomia que tinha antes daquele evento que o levou para um hospital de alta complexidade”, explica Daniel Beltrammi, diretor superintendente da PB SAÚDE.
Os serviços prestados pela UCCI são indicados a pacientes que se encontram estáveis do ponto de vista clínico, mas necessitam de cuidados mais intensos, sendo vital a importância da participação dos familiares em todo o processo de reabilitação e cuidado do paciente.
“Nós precisamos cuidar da alta desses pacientes em conjunto com seus familiares. Estas pessoas vão vir de uma UTI, em que já tem uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar conversando sobre estes pacientes, e ao chegar na UCCI, os profissionais vão continuar essas discussões, mas trazendo a família para entender como se dá o cuidado deste paciente. Isso tudo para que após a alta, eles consigam se sentir seguros em continuar na assistência desses pacientes”, diz o diretor de Atenção à Saúde da Fundação PB Saúde, Gilberto Teodozio.
Antes da implantação da unidade, todos os profissionais das UTIs foram capacitados com o objetivo de desenvolver habilidades para o trabalho multidisciplinar, definindo estratégias operacionais para o funcionamento das novas linhas de cuidados e para a importância do envolvimento do cuidador e familiar na reabilitação do paciente.
“Nós já tivemos aqui no hospital um modelo parecido, com a unidade Covid, mas agora oficialmente inauguramos essa nova etapa, com essa unidade, inicialmente para a UTI neurológica, em que todos os pacientes que tenham o perfil de evoluir para a UCCI já possam se beneficiar deste setor. Essa unidade vem justamente para cumprir a tarefa de reabilitar o paciente, o melhor possível, e próximo da família”, diz o diretor hospitalar do Metropolitano Adriano Sousa.
A Coordenadora de Enfermagem da Internação Clínica do hospital, Márcia Germana, avalia de forma positiva a implantação do setor no Metropolitano. “Quando a gente faz parte de um time de referência, não só em relação à estrutura do hospital, nós também nos tornamos um profissional de referência. Nós da Internação Clínica damos mais um passo a partir de hoje, somos agora mais uma referência, dentro do cuidado continuado, do cuidado paliativo”, disse.
Para o diretor-superintendente da PB SAÚDE, a criação deste setor é apenas o primeiro passo de uma meta maior para a Fundação. “Quem sabe aqui não é o embrião da PB SAÚDE começando a ter possibilidade de cuidar dos pacientes mais complexos, com o nível máximo de atenção domiciliar, em casa. Quem sabe aqui não seja a escola que vai nos preparar para estender os nossos cuidados aos paraibanos que passaram por nós dentro de casa”, completou Beltrammi.
Tecnologia Assistiva. Uma das estratégias de recuperação usada na UCCI é feita por meio do Laboratório de Tecnologia Assistiva a partir da equipe da Terapia Ocupacional. “O uso da Prancha de Comunicação Alternativa, por exemplo, pode ofertar suporte para os pacientes traqueostomizados e que estejam impossibilitados de realizar uma comunicação verbal, este dispositivo contribuirá para que o paciente expresse seus desejos e necessidades, potencializando sua autonomia e favorecendo uma comunicação mais funcional com a equipe e familiares”, explica Renata Gomes, responsável técnica da Terapia Ocupacional do Metropolitano.
Segundo a profissional, o maior objetivo é auxiliar no processo de alta segura, de forma que o paciente retorne para casa com todo o suporte, orientação e conforto possível. “É uma grande satisfação poder contribuir com estratégias da Terapia Ocupacional, associada a dispensação de produtos da Tecnologia Assistiva que possam potencializar a autonomia e independência dos pacientes internos neste setor”, completou.