Maternidade: colaboradora passa dia das mães com a filha internada no Hospital Metropolitano
“A maternidade é inexplicável, ela engloba tudo; amor, resiliência, abdicações, força, paciência, só quem vive é que sabe” foi assim que Débora Gabriel de Araújo descreveu o significado de maternidade, após relatar um pouco da história que está vivendo com sua filha, Maria Heloísa Gabriel de Oliveira, que foi internada na enfermaria pediátrica da instituição em que atua como técnica de enfermagem, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB SAÚDE, para realizar uma cirurgia de alta complexidade cardiovascular.
De acordo com Débora, a pequena Maria Heloísa, de 6 meses, é portadora de uma cardiopatia congênita mais conhecida como Comunicação Interatrial (CIA) que foi diagnosticada antes mesmo da bebê completar um mês de vida. Nessa época, Débora estava realizando o tratamento da filha com médicos de outras instituições públicas e particulares até que a menina começou a passar por diversas descompensações em seu quadro de saúde que tornaram a necessidade de uma cirurgia mais urgente, foi quando ela teve uma consulta com o cirurgião cardiovascular, Daniel Magalhães, em seu consultório particular.
“Quando ele examinou minha filha e viu os exames dela, disse que teríamos que fazer a cirurgia, porque o quadro de saúde dela está muito descompensado e também levantou a suspeita de existir algum outro problema. Então, ele a encaminhou aqui para o Hospital Metropolitano, porque era o único local em que seria possível realizar esse tipo de cirurgia, por conta dos profissionais serem mais capacitados e o hospital ter maior suporte para casos de alta complexidade como o da minha filha”, contou Débora.
No Ambulatório do Metropolitano, Maria Heloísa passou por uma consulta com os cardiologistas Fabrício Leite e Lara Dantas que decidiram investigar o caso dela mais profundamente. “Então, realizamos um novo ecocardiograma e uma angiotomografia, e por meio destes exames, descobrimos que, além da comunicação interatrial, a paciente apresentava um cor triatriatum associado, ou seja, uma membrana que divide o átrio esquerdo, limitando o retorno do fluxo das veias pulmonares esquerdas para o átrio esquerdo”, explicou Fabrício Leite, cardiologista intervencionista em cardiopatias congênitas.
De acordo com Fabrício, por conta disso a paciente apresentava aumento do fluxo pulmonar associado ao retardo do deságue das veias pulmonares, justificando tanta repercussão clínica. Por causalidade, destino ou sincronicidade, a filha precisou ficar internada para fazer a cirurgia na mesma instituição de saúde em que a mãe atua como técnica de enfermagem da UTI cardiovascular.
A rotina de Débora passou a ser dividida entre os plantões e os cuidados com a sua filha durante os dias de folga, e, neste sábado (13), a pequena Maria Heloísa foi submetida à cirurgia cardíaca com o cirurgião cardíaco Daniel Magalhães que realizou o fechamento da CIA e retirou a membrana do cor triatriatum.
“A paciente está evoluindo bem, com melhora significativa do cansaço e da taquicardia, se encontra respirando em ar ambiente, ajustando as medicações para preparar para a alta hospitalar, que tem previsão de ocorrer até o final da semana”, informou o cardiologista que vem acompanhando seu caso, Fabrício Leite.
Neste domingo (14), foi o primeiro dia das mães de Débora com a pequena Maria Heloísa e a data não poderia ser comemorada de forma mais especial. “Ser atendida aqui no Metropolitano mudou a história de vida da minha filha, foi a experiência e a capacidade dos médicos daqui, que insistiram em investigar, que transformou a nossa história”, afirmou Débora, com os olhos marejados de uma mãe guerreira que não desistiu de lutar pelo melhor tratamento para restabelecer a saúde de sua bebê.
Ações alusivas ao dia das mães no Hospital Metropolitano
Na última sexta-feira (12), foram realizadas diversas ações em comemoração ao dia das mães no Hospital Metropolitano. Pela manhã foi realizada a visita dos cães terapeutas, do projeto Terapets, aos pacientes das enfermarias e também pelos corredores do hospital, além de um momento de musicoterapia para colaboradoras e pacientes com duas violinistas, mãe e filha, Suely Leite e Amanda Leite.
Amanda é uma jovem com síndrome de down que é multiartista e, junto com sua mãe, realiza trabalho voluntário tocando violino em diversas ações para levar alegria a quem precisa. Durante a visita musical pelos setores, elas tocaram sucessos de Luiz Gonzaga, Alceu Valença e até a Sétima Sinfonia de Beethoven.
“Aprendi a tocar violino para poder incentivar e acompanhar a evolução da minha filha, já que é um instrumento relativamente difícil para ela aprender sem um suporte em casa. Hoje ela toca, participa de aulas de teatro, dança, faz natação e ainda pinta quadros lindos. Não há limite para ela”, comentou orgulhosa a mãe Suely.
Na parte da tarde, as mães da pediatria tiveram um momento de descontração com um bingo que aconteceu na brinquedoteca da enfermaria pediátrica. Nas cartelas, estavam falas que todas as mães sempre dizem como: “na volta a gente compra”, “chegar em casa a gente conversa”, “tudo eu nessa casa”. No final da ação, todas as mães ganharam presentes.