Hospital Metropolitano registra primeira doação de órgãos e tecidos de 2024 

 In Transplantes

Quatro pessoas vão ganhar uma nova vida este ano graças ao gesto de generosidade da família de uma paciente do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires que disse sim para a primeira doação de órgãos e tecidos registrada na unidade em 2024. Rins e córneas foram os órgãos doados pela família de uma mulher, de 51 anos, que teve a morte encefálica confirmada na última sexta-feira (05), após um aneurisma cerebral associado a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A paciente estava internada na unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), desde o  dia 19 de dezembro do ano passado. 

Após a entrevista familiar positiva, a equipe da Central de Transplantes acompanhou todo o processo de doação e realizou a identificação dos receptores dos órgãos, cadastrados em uma lista nacional única. A diretora da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Dias, enfatizou a importância do trabalho em equipe e da compreensão das famílias durante o processo. 

“O sucesso de cada doação de órgãos é resultado de uma complexa rede de colaboração e cooperação, envolvendo diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, condutores, e os hospitais. Também é importante destacar a essencial participação das famílias doadoras. A generosidade dessas famílias é verdadeiramente inspiradora e nos lembra da importância da solidariedade e compaixão em momentos de adversidade,” destaca.

Antes de iniciar o procedimento de captação, os colaboradores da instituição costumam prestar uma homenagem ao paciente e à família do doador com o “cortejo da vida”, um corredor humano que é feito desde a saída da UTI, até o Bloco Cirúrgico, onde aconteceu a captação dos órgãos. Neste domingo (07), o corredor foi organizado às 10h40 com dezenas de colaboradores, e também alguns familiares da paciente, que aplaudiram o doador e se emocionaram com o momento prestigiado.

Segundo informações da Central de Transplantes, o rim esquerdo foi destinado para um receptor paraibano, o rim direito foi aceito pela Central de Transplantes de Pernambuco e as córneas foram levadas para o Banco de Olhos da Paraíba.

“Um doador pode salvar até seis vidas”, reforçou a coordenadora de enfermagem da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Metropolitano, Patrícia Monteiro. “Iniciar o ano levando esperança e vendo o quanto está crescendo o transplante no nosso Estado é muito bom. Hoje, mais pacientes estão saindo da fila de espera e esse tema tão importante está sendo cada vez mais difundido. Esperamos avançar cada vez mais na conscientização sobre doação”, relatou.

Hospital  “Amigo do Transplante”: Desde novembro de 2018, o Hospital Metropolitano tornou-se um hospital doador, realizando, desde então, a captação de múltiplos órgãos para transplante, tais como: córneas, rins e fígado, que já beneficiaram diversos pacientes que estavam na Fila Única da Central de Transplante. Em setembro de 2019, a unidade recebeu o certificado de “Amigo do Transplante”, título que enfatiza o compromisso em promover ações que incentivam a doação de órgãos.

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