Hospital Metropolitano reforça importância do diagnóstico precoce de cardiopatia congênita
Nesta segunda-feira (12), é comemorado no Brasil o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, uma anomalia na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando este órgão é formado. Visando proporcionar o melhor tratamento possível para as crianças com a patologia, a coordenadora da cardiologia pediátrica do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, Lara Dantas, reforça a importância de realizar diagnóstico precoce da doença.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 1% dos bebês que nascem no país tem alguma cardiopatia congênita, o que significa cerca de 29 mil a 30 mil novos casos por ano. “De todas as malformações que nascem com a criança, a cardiopatia congênita é a mais comum, estamos falando de um índice de prevalência de uma em cada 100 pessoas, então essa é uma estatística bem relevante”, destacou Lara Dantas.
De acordo com a cardiologista pediátrica, o diagnóstico precoce é importante em especial nas cardiopatias que precisam de tratamento logo após o nascimento, e ele é feito através do ecocardiograma fetal. Lara explica que esse diagnóstico precoce faz com que o bebê não corra risco de uma evolução desfavorável em seu quadro de saúde, tendo em vista que o atendimento em tempo hábil promove um diferencial importante no tratamento dos pacientes.
“Inclusive realizamos esse tipo de exame aqui, fazemos o exame de ultrassom na grávida para avaliar as estruturas cardíacas e ver se o coração está sendo desenvolvido adequadamente. Quando os bebês precisam de alguma intervenção logo após o nascimento, eles devem ser encaminhados para a UTI Neonatal onde vão ter o cuidado necessário em um serviço de referência, que no caso aqui da Paraíba, é o Hospital Metropolitano”, pontuou a gestora.
A cardiologista acrescentou que aqui na Paraíba existe a Rede Cuidar que após o nascimento do bebê, realiza a triagem deles por meio do teste do coraçãozinho que é feito com 24h de vida para avaliar a saturação do bebê de forma não invasiva. “Caso esse teste tenha alterações, é realizado o ecocardiograma transtorácico do bebê para avaliar se existe alguma malformação. Essa triagem pós natal aqui no Estado é muito boa”, afirmou.
“Um caso emblemático que tratamos recentemente aqui no Metropolitano foi o de Pâmella Oliveira, que já tinha 5 anos, e ela tinha uma cardiopatia que teria que ter sido operada no máximo no primeiro ano de vida, um cor triatriatum com drenagem anômala total de veias pulmonares. Ela estava em uma condição muito grave, não conseguia andar, ficava no colo da mãe o tempo inteiro porque não tinha força para fazer as atividades mínimas, por conta desse problema no coração”, relatou Lara.
Para o tratamento de Pâmella, de acordo com a cardiologista pediátrica, foi realizada a correção da drenagem anômala total e também a ressecção da membrana do cor triatriatum e a pequena se recuperou bem depois do procedimento. “Graças a Deus, minha filha está ótima. O tratamento que ela recebeu no Metropolitano foi excelente, no dia seguinte do procedimento, ela já estava se sentando, pintando e pedindo comida e, hoje, ela anda, pula, corre e faz tudo que uma criança gosta de fazer. Eu só tenho a agradecer por toda a assistência que ela recebeu, apesar do diagnóstico dela ter sido identificado tardiamente”, disse a mãe de Pâmella, Priscila de Oliveira Santos.
Lara destaca que os tratamentos cirúrgicos mais comuns realizados no Hospital Metropolitano são: correção de comunicação interatrial, comunicação interventricular, ligadura de PCA, correção de tetralogia de fallot e shunt sistêmico pulmonar. “Na grande parte das cardiopatias, após o tratamento o paciente tem uma vida absolutamente normal, inclusive pode fazer atividades físicas, quando liberadas pelos médicos, ou seja, ele tem grandes chances de ter uma vida perfeita”, frisou a gestora.