Hospital Metropolitano realiza primeira captação de órgãos para transplantes de 2020
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, realizou, nesta quinta-feira (23), em parceria com a Central de Transplante da Paraíba e do Distrito Federal, a captação de órgãos para transplante. Após a confirmação da morte encefálica, de um paciente de 53 anos, morador da cidade de Sousa, a família autorizou a doação de múltiórgãos. Fígado e rins beneficiarão três pessoas que aguardavam na Fila Única da Central de Transplante. Essa é a primeira captação do ano realizada na unidade de saúde.
Na ocasião, colaboradores da instituição, prestaram homenagem a família doadora. Aplausos preencheram o silêncio daquele momento, e Pedro Jocelanio, 29 anos, filho do doador, expressou emocionado o momento vivido. “A partida do meu pai, nos deixou sem chão. Mas era uma característica dele ajudar as pessoas. Isso reforça nossa certeza de que ele ajudou a todos enquanto pôde. Estou emocionado, e essa cena dos funcionários aplaudindo nossa passagem não sairá jamais da minha cabeça. Meu pai merecia sim, tudo isso”, declarou.
De acordo com a enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Metropolitano, Patrícia Monteiro, o agradecimento a família doadora se faz necessário. “Desde o momento da abertura do protocolo até a confirmação, após exames criteriosos, de morte encefálica, realizamos um trabalho de esclarecimento e acompanhamento junto a família. Atrelado a isso, buscamos sensibilizar, e a família desse paciente, nos concedeu a autorização. Um sim, que ajudará a salvar outras vidas. Uma atitude nobre que os nossos colaboradores fizeram questão de agradecer, e a emoção tomou conta de todos” afirmou.
A equipe médica responsável pela captação dos órgãos veio do Distrito Federal. “Os órgãos foram ofertados no sistema de doação a nível nacional e a compatibilidade de um dos receptores da lista de espera, era do Distrito Federal. Vinhemos realizar a captação que ocorreu com sucesso”, afirmou o médico, Luiz Gustavo Guedes Diaz.
“Tivemos todo o apoio necessário dos técnicos, enfermeiros e demais médicos do Metropolitano. Viajamos todo o país, sempre que necessário, para realizar captações, e estamos admirados com o porte técnico e clínico desse Hospital. O sucesso foi graças ao empenho de todos” acrescentou Gislaine de Albuquerque, enfermeira da equipe de captação do Distrito Federal.
Desde novembro de 2018, a unidade de saúde tornou-se um hospital doador, realizando, desde então, a captação de múltiplos órgãos para transplante, tais como: córneas, rins e fígado, que já beneficiaram pacientes que estavam na Fila Única da Central de Transplante. Em setembro do ano passado, o Hospital Metropolitano recebeu o certificado de ‘Amigo do Transplante’. O título enfatiza o compromisso em promover ações que incentivam a doação de órgãos.
O diretor assistencial da unidade, Gilberto Teodozio, afirmou que as equipes de Assistência e Multidisciplinar, realizam continuamente um trabalho de sensibilização com visitantes e familiares sobre a importância da doação. “Esse é um trabalho que envolve várias pessoas e que ajuda a salvar vidas que estão nas listas de transplante, à espera de um doador. Por isso buscamos conscientizar a todos sobre a relevância da família doadora. Nossas equipes são treinadas e humanizadas, a fim de lidar com o momento tão extremo de dor, esclarecendo tudo que for necessário, acolhendo os familiares e dando todo suporte necessário a eles”, pontuou.
Além de realizar a captação de órgãos, o Hospital Metropolitano caminha para o credenciamento em realização de transplante. “Já foi dada entrada na solicitação para habilitação do Metropolitano como hospital transplantador de coração, junto ao Sistema Nacional de Transplante. Com a habilitação, a população paraibana será contemplada com o atendimento em excelência de transplante pelo SUS. Nossa meta é oferecer o transplante de coração o mais breve possível. Respeitando a evolução da capacidade da nossa unidade, para que este programa de transplante aconteça de forma responsável, duradoura e com excelente resultado” frisou o diretor geral, Antônio Pedrosa.