Hospital Metropolitano realiza primeira ablação por campo pulsado para tratamento de arritmia da Paraíba
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerido pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou nesta quarta-feira (4) o primeiro procedimento de ablação por campo pulsado da Paraíba. A técnica é uma inovação no tratamento da fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum no mundo, e chega como uma solução mais segura e eficaz em relação aos métodos tradicionais.
O procedimento foi realizado na hemodinâmica do hospital, pela equipe de eletrofisiologistas Renner Raposo, Daniel Moura, André Queiroga e Júlio Silveira. A tecnologia utilizada foi cedida por uma empresa que trouxe o método ao Brasil e doou os kits necessários para a execução.
“Essa técnica é revolucionária, pois utiliza o campo pulsado para criar lesões no músculo cardíaco de forma direcionada. Isso protege outras estruturas, como o esôfago e os nervos, oferecendo mais segurança ao paciente. Além disso, o procedimento é mais rápido do que os métodos tradicionais, como a radiofrequência, em que utilizamos a radiação para esquentar o músculo, ou a crioablação, que é quando utilizamos a resfriação para o procedimento”, explicou o eletrofisiologista Renner Raposo.
O paciente beneficiado pela nova tecnologia foi Carlos Eduardo Ribeiro da Silva Leite, de 44 anos, morador de João Pessoa. Ele compartilhou sua confiança no procedimento:
“Eu não sentia nada, e através de um exame de rotina, fui diagnosticado com essa arritmia no coração. Solicitei autorização, foi concedida e agora é só passar pelo procedimento. A expectativa é 100%, creio que vai dar tudo certo, e só tenho a agradecer a Deus, ao Estado da Paraíba e ao Hospital Metropolitano pelo acolhimento e assistência”.
A fibrilação atrial é uma condição que, mesmo em pacientes aparentemente assintomáticos, pode causar sérias complicações. Quando não tratada, a fibrilação atrial está associada a diversos riscos para a saúde, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Detectar e tratar a condição precocemente pode fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes.
“Pacientes podem achar que estão bem, mas quando revertemos a arritmia e o coração volta a bombear adequadamente, eles relatam uma melhora significativa na qualidade de vida. Estudos mostram que tratar a fibrilação atrial no primeiro ano do diagnóstico reduz o risco de internações e AVC”, disse Renner.
A diretora-geral do Hospital Metropolitano, Dra. Louise Nathalie, ressaltou o impacto dessa conquista para a saúde pública da Paraíba:
“Esse procedimento é mais um marco que demonstra o compromisso do Hospital Metropolitano em trazer inovações que realmente fazem a diferença na vida dos pacientes. É uma honra sermos pioneiros na realização de uma técnica que oferece mais segurança e qualidade no tratamento da fibrilação atrial. Estamos avançando no cuidado humanizado e de alta complexidade”.