Hospital Metropolitano promove debate sobre a abordagem multidisciplinar do TEA no contexto hospitalar

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Em alusão ao dia mundial da Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista – TEA, celebrado no dia dois de abril, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) realizou, nesta quarta-feira (3), várias ações ao longo do dia, culminando com uma mesa redonda em que foi debatida por diversos profissionais a abordagem multidisciplinar do Transtorno do Espectro Autista no contexto hospitalar. 

As ações foram uma realização conjunta das equipes de psicologia e fonoaudiologia voltadas aos colaboradores da Unidade Hospitalar, em que pela manhã fizeram um pit stop nos setores com a distribuição de folderes e um quiz com perguntas e respostas sobre o TEA. Enquanto que no turno da tarde foi realizada a mesa redonda com a participação da psiquiatra Maria Edilma, da neuropsicóloga Larissa Medeiros, do fonoaudiólogo José Danillo, da terapeuta ocupacional Lívia Patrícia, da pedagoga Isabella Oliveira e da Assistente Social Fernanda da Silva. 

Para a coordenadora da Psicologia do Hospital Metropolitano, Vaneide Delmiro, o evento foi pensado para além de discutir o assunto, poder capacitar os profissionais da unidade hospitalar no atendimento aos pacientes que tenham TEA. “Embora não seja a especialidade do hospital, precisamos estar preparados para atender, dentro das nossas especialidades, pacientes que também tenham TEA. Precisamos desmistificar o assunto e fazer um debate mais técnico para auxiliar nossos profissionais”, explicou Vaneide.  

Durante o debate, a psiquiatra Maria Edilma afirmou que ter comportamentos autísticos não significa dizer que a pessoa possui TEA. Ela ainda pontuou sobre o aumento no número de diagnósticos do TEA e ressaltou: “Muitos fatores podem contribuir para esse aumento no diagnóstico, inclusive, diagnosticar essas pessoas com comportamentos autísticos como autista. Daí a importância de não se ter pressa para fechar um diagnóstico”. 

Na oportunidade, o neurocirurgião Andrews Vinicius, usou a palavra para enfatizar a importância do diagnóstico precoce e também do acolhimento desses pacientes, garantindo o melhor atendimento dentro das suas particularidades. “Estamos falando de um processo de adaptação nosso como profissional de saúde para essa realidade, com o objetivo de garantir a esses pacientes um melhor acolhimento e entendimento”, frisou Andrews. 

A coordenadora da Fonoaudiologia do Hospital, Simone Lins, destacou a importância do evento para potencializar a troca de informação, contribuindo para uma assistência de qualidade a todos os usuários do Hospital. “Enquanto profissionais de saúde precisamos estar prontos para compreender e dar uma assistência de qualidade e eficaz a todos, sabendo que cada paciente atendido traz a sua subjetividade”, finalizou Simone.

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