Hospital Metropolitano chega a quase mil doações de sangue em apenas um mês
Se levarmos em consideração que um doador de sangue ajuda a salvar quatro vidas, são quase 4 mil vidas que o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), ajudou a salvar apenas no mês de janeiro, quando repôs ao Hemocentro 998 bolsas de sangue.
As doações conseguidas são fruto da campanha de conscientização realizada pela equipe de Serviço Social da unidade hospitalar junto aos pacientes e acompanhantes, principalmente nos períodos festivos, em que naturalmente há uma queda no número de doações.
De acordo com a coordenadora do Serviço Social, Carmen Meireles, como o Hospital Metropolitano é voltado para a realização de cirurgias, a equipe do Serviço Social conversa com o paciente e a família sobre a importância da doação de sangue, desde o momento da admissão do paciente no hospital.
Ela reforçou que a doação não é obrigatória, mas, de acordo com o protocolo de toda cirurgia, é necessário ter uma reserva de bolsas de sangue e a cirurgia pode não ser realizada caso não tenha estoque no Hemocentro. “Fazemos esse trabalho cotidianamente e sabemos que quando chega o período de festa, como natal, ano novo e carnaval, geralmente, o estoque do hemocentro tem uma baixa. Então nós intensificamos o trabalho com as famílias, nas enfermarias, nas visitas beira-leito, por sabermos a importância da reposição dessas bolsas de sangue. Porque a doação não é obrigatória, mas é uma reflexão que fazemos, pois tanto ajuda o seu parente como ajuda outros pacientes que não conseguem doadores”, explicou Carmen.
Enquanto alguns pacientes têm dificuldade em conseguir doadores, outros conseguem muito além dos cinco doadores solicitados pelo hospital. É o caso do paciente Laécio dos Santos, de 47 anos, que já conseguiu 50 doadores e disse que a meta da família é atingir a marca de 100 doações. Ele que já foi doador de sangue e precisou parar devido a uma comorbidade, sabe a importância da doação e aconselha a todas as pessoas que podem que sejam doadoras. “Quem puder doar, seja um doador. É um gesto tão pequeno, mas de um valor grandioso, pois salva muitas vidas”, afirmou Laécio.
A diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Shirlene Gadelha, parabenizou a ação promovida pelo Hospital Metropolitano e enfatizou que “é muito importante essa conscientização para que possamos potencializar os estoques de sangue do hemocentro da Paraíba. Doar sangue é salvar vidas e esses hemocomponentes são usados para algumas cirurgias, alguns tratamentos de câncer, algumas complicações durante o parto, alguns acidentes, pacientes com doenças crônicas, anemia ou distúrbios de coagulação, muitas vezes que dependem de transfusões diariamente. Então para que a gente possa manter esses estoques, é necessário que os hospitais nos ajudem fazendo, como o Hospital Metropolitano, que esse mês de janeiro fez uma reposição de mais de 50% do que foi solicitado ao Hemocentro”, enfatizou, Shirlene.
Quem pode doar?
- Ter idade entre 16 e 69 anos, (menores de 18 anos devem apresentar consentimento formal do responsável legal);
- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito isso antes dos 60 anos;
- Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe). São aceitos documentos digitais com foto;
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
- Mulheres podem doar a cada três meses e homens, dois, pois o corpo precisa repor o ferro.