Hospital gerenciado pela Fundação PB Saúde atua na campanha “Faça Bonito” com ações de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

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Nos dias 17 e 18 de maio, ações educativas de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, por meio da campanha “Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes”, ocorreram no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela PB Saúde, em Santa Rita, e contaram com dois momentos, na terça-feira (17) a ação foi mais lúdica, voltada às crianças e adolescentes e na quarta-feira (18) a proposta foi uma roda de diálogo com as mães.

Segundo a coordenadora Serviço Social do hospital, Carmen Meireles, a iniciativa para a realização destas atividades veio dos residentes de Serviço Social, Fonoaudiologia e Nutrição, com apoio da equipe de Terapia Ocupacional e de Enfermagem. Carmen explicou que o objetivo destas ações de educação e saúde foi debater e refletir sobre a importância do cuidado, e de estar atento, às várias formas de violência contra crianças e adolescentes. Ela ressalta, ainda, o papel do serviço social nesse tipo de ação. “O serviço social trabalha com a garantia de direitos dos usuários no SUS, então discutir e debater sobre essas temáticas é uma atribuição muito importante do setor porque garante esse acesso a informação correta e precisa, para que as famílias possam fazer valer os seus direitos como cidadão, ter acesso às informações de forma democrática e universal”, afirmou a coordenadora.

Para alcançar a compreensão das crianças a ação da terça-feira (17) foi feita de forma lúdica, para que o momento fosse leve e divertido. A atividade visou trabalhar noções de autoproteção, intimidade e consentimento. Foram utilizados recursos de musicalização infantil através da canção “Nisso e Naquilo Ninguém pode Mexer”; luvinha interativa sobre partes do corpo; “Semáforo do Toque” utilizado para trazer percepções dos limites do próprio corpo e do corpo do outro, e por fim, uma contação de histórias utilizando o livro Pipo e Fifi, premiado livro infantil que funciona como uma ferramenta de proteção, explicando às crianças conceitos básicos sobre o corpo, sentimentos, convivência e trocas afetivas.

A assistente social, Manoela Ferreira, foi uma das profissionais envolvidas na iniciativa, segundo a residente a ideia surgiu a partir da necessidade de dar visibilidade ao tema que ainda é considerado tabu pela maioria das pessoas. “A violência sexual é um problema de saúde pública, haja vista impactar no desenvolvimento infanto-juvenil. As marcas deixadas na vida de quem sofre uma violação de direitos como esta são inúmeras, trazendo repercussões, inclusive, na vida adulta”, pontuou.

Já na quarta-feira (18) a abordagem com as mães se deu através do “Quiz da Prevenção”, a fim de identificar qual era a percepção que estas mulheres tinham sobre a temática, além de propiciar o diálogo e a interação entre elas.

A Participante da ação, Genice Eugênia, que acompanha o filho Luhandrel Phelipe na internação cardiológica pediátrica da unidade hospitalar, pontuou que a atividade foi bastante esclarecedora. “É um tema bem presente em nossas vidas, e que nos faz ficar atentas ao máximo com nossos filhos. As profissionais expuseram bem o assunto passando todo o passo a passo de como lidar com a situação de abuso ou exploração às crianças e adolescentes. Tanto de início, acionando a polícia até amparando a vítima emocionalmente. Quero parabenizar a equipe”, descreveu.

A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma prática que infelizmente ainda acontece com frequência em todo o Brasil. O Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado em outubro de 2021 pelo UNICEF e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela que entre 2017 e 2020, 180 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos sofreram violência sexual no Brasil – uma média de 45 mil por ano. As principais violações de direitos contra crianças e adolescentes são a exploração econômica (trabalho infantil), negligência, o abandono, e as violências física, sexual, psicológica e institucional.
Diante deste cenário, campanhas como a “Faça Bonito”, que hoje tem ações em âmbito nacional, incentivam a participação de todos no combate a esse tipo de violência, tanto por meio do compartilhamento de informações sobre o assunto, quanto através de denúncias que podem ser feitas, inclusive de forma anônima, a qualquer uma destas instituições:

• Conselho Tutelar da sua cidade;
• Disque 100 ou disque denúncia local;
• Delegacias especializadas ou comuns;
• Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal.

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