Fisioterapeutas da PB SAÚDE utilizam técnica moderna com ultrassonografia para auxiliar no tratamento de pacientes em UTIs
A Ultrassonografia Pulmonar e Diafragmática realizada por fisioterapeutas tem se tornado uma realidade nos serviços hospitalares de ponta do país, e os benefícios da técnica são consolidados na literatura acadêmica e na prática dos profissionais. Considerando o uso e a relevância na assistência aos pacientes, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB SAÚDE), tem utilizado o método por meio da ultrassonografia, para identificar doenças e possíveis afecções, bem como, o grau de comprometimento pulmonar e diafragmático dos pacientes, o que auxilia na escolha de terapias a serem aplicadas da forma correta e mais benéfica.
A prática ganhou ainda mais espaço com a COVID-19, mas se aplica a identificação de inúmeros distúrbios, conforme explicou a fisioterapeuta residente em Cardiologia, Micaele Nascimento. “Essa técnica proporciona maior competência e autonomia na condução clínica dos nossos pacientes, reduzindo tempo de hospitalização e os custos do serviço. Além de ser um método não invasivo de avaliação das regiões pulmonares, pleurais, diafragmáticas, além da análise de musculaturas mais periféricas”, destaca Micaele.
De acordo com a coordenadora da Fisioterapia do Metropolitano, Laryssa Marcela, a técnica tem trazido resultados na qualidade de vida dos internos. “A aplicação do método tem nos auxiliado a prever o sucesso ou falha no desmame dos pacientes submetidos à ventilação mecânica, por ser capaz de identificar o deslocamento diafragmático durante todo o ciclo respiratório. Além de nos ajudar no diagnóstico de outras patologias. O seu uso tem reduzido consideravelmente a exposição dos pacientes ao raio-x, proporcionando imagens em diferentes orientações espaciais, que realizamos à beira do leito e em tempo real”, pontuou a gestora.
Ampliação profissional: objetivando disseminar a aplicação da técnica, está sendo promovido um curso em Ultrassonografia Pulmonar e Diafragmática realizada com os fisioterapeutas da unidade hospitalar, no moderno Laboratório de Simulação Realística (LSR) que foi inaugurado pela PB SAÚDE, em 21 de julho deste ano, no Metropolitano.
O processo de ensino-aprendizagem conta com métodos teóricos e treinamento prático da utilização da ultrassonografia, junto a simulações de casos clínicos encontrados com maior frequência no serviço, conforme explicou Jefferson Rodrigues, ministrante do curso, residente e fisioterapeuta na instituição. “Buscamos desenvolver nos fisioterapeutas, entre outras habilidades e conhecimentos, a capacidade de tomada de decisão mediante os achados ultrassonográficos nos agravos dos pacientes, o que beneficiará o tratamento”, pontuou o residente.
Para a fisioterapeuta da UTI clínica, Susana Guedes, aprender e aplicar a nova técnica traz uma oportunidade profissional, e ganhos para a atuação. “Esse incentivo à nivelação do conhecimento para toda a equipe é muito importante. A maioria dos fisioterapeutas não atuam apenas em uma instituição, mas em duas, ou às vezes até três serviços de saúde diferentes. Quem tende a ganhar com tudo isso, sem dúvidas é o paciente”, afirmou Susana.
Laboratório de Simulação Realística (LSR) – o local onde ocorre a capacitação, é dedicado a todos os funcionários da Fundação PB SAÚDE. Segundo o coordenador da Educação Permanente em Saúde, Wallison Santos, o laboratório dispõe de respirador mecânico, monitor multiparamétrico, maca com regulação, carrinho de medicações, desfibrilador externo automático e manequins para realização de parada cardiorrespiratória. “Aqui podem ser realizadas diversas capacitações, teóricas e práticas, como a ressuscitação cardiopulmonar, a punção venosa por aparelho de ultrassonografia, o cálculo de medicações, a administração de medicação endovenosa, por sonda, e até mesmo treinamentos de eletrocardiograma, além de servir como cenário para reuniões clínicas e discussões com equipe de residência médica e multiprofissional”, relatou o gestor.