Curso de Aspiração Traqueal promove mais eficiência na fonoterapia para os pacientes do Hospital Metropolitano
A prática da aspiração traqueal é rotineiramente utilizada por profissionais da saúde, ela consiste na aplicação de sucção ao trato respiratório do paciente para ajudá-lo a remover secreções. Porém, quando não realizada de maneira correta, pode gerar complicações, exigindo treinamento dos profissionais da área para um manejo seguro. Pensando nisso, foi realizado o curso de Aspiração Traqueal para a equipe de Fonoaudiologia do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), na última segunda-feira (07), no Laboratório de Simulação Realística da unidade hospitalar.
A ministração esteve sob a responsabilidade da responsável técnica da Fonoaudiologia, Simone Lins, e da fonoaudióloga, Beatriz Soares. Ambas profissionais possuem certificações para abordar o assunto. Simone esclareceu que os pacientes que precisam da aspiração traqueal, encontram-se bastante secretivos, a ponto de não ter um feedback positivo na fonoterapia. “Essa condição do paciente pode gerar outras intercorrências, uma vez que poderá ocorrer a diminuição dos níveis de saturação e oxigenação de todo o corpo, e assim, trazer danos metabólicos. Por isso, a relevância da nossa atuação com eficiência”, alertou a gestora.
A fonoaudióloga, Aline Lima, é uma das profissionais que participou do curso e, para ela, esse aprendizado é uma solução para otimizar o atendimento dos pacientes. “Eu acho que essa formação vai agilizar mais o nosso acompanhamento, porque não vamos precisar esperar que outro profissional venha realizar a aspiração para que possamos fazer a terapia, nós mesmas realizaremos o procedimento, e assim estamos caminhando para proporcionar mais qualidade ao atendimento dos nossos pacientes”, relatou a fonoaudióloga, acrescentando que o procedimento é utilizado com mais recorrência em pacientes com traqueostomia.
Quem também foi oportunizada com a iniciativa, foi a fonoaudióloga, Rayanne Barbosa. “Nós tivemos a oportunidade de praticar, de entender realmente como funciona o procedimento, para fazê-lo com segurança, sem risco para o paciente e causando menos incômodo possível, porque a aspiração traz um certo desconforto. Essa formação nos tornou habilitados para a prática de uma técnica que vai proporcionar mais autonomia para o nosso atendimento, e benefícios aos pacientes”, afirmou Rayanne.
O curso foi estruturado com partes teóricas e práticas. “Inicialmente fizemos uma apresentação falando sobre o sistema respiratório, descrevendo o processo metabólico e a proteção que ele faz no nosso organismo, também pontuamos quando realizar a aspiração, quais seriam as indicações, as possíveis complicações que podem ocorrer durante o manejo dela, os sinais clínicos de necessidade, os tipos de procedimentos, que pode ser pelo sistema aberto ou fechado, os materiais que são utilizados e a própria técnica em si. Nós ensinamos todo o passo a passo que precisa ser realizado, apresentamos as evidências científicas sobre o tema, além de informações sobre traqueostomia com via de aspiração subglótica e os tipos de sonda utilizados no manejo da aspiração traqueal”, detalhou Simone.
“Vale salientar que as técnicas de aspiração traqueal devem ser realizadas apenas quando houver necessidade, e por profissionais qualificados e treinados”. Frisou a fonoaudióloga, Beatriz Soares.